Volta dos Romeiros 2015 – Primeira Prova do Ano!!!

Publicado em 25 de março de 2015

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A primeira prova do ano até que demorou para acontecer. O Desafio dos Romeiros aconteceu no município de Bom Jesus de Pirapora, cidade conhecida pelo turismo religioso, fica bem pertinho de São Paulo e tem ao seu redor uma topografia excelente para a prática de esportes outdoor. A largada acontece em frente a igreja matriz bem no centro da cidade e os corredores geralmente recebem a benção do padre da cidade.

Locutora Fabi e o Pórtico de Largada!
Locutora Fabi e o Pórtico de Largada!

Dias antes da prova, fui convidado para dar uma entrevista na rádio eldorado, no programa “Papo de Líder” comandado pelo professor Eugenio Mussak. A entrevista teve como mote, traçar um paralelo entre a minha vida executiva com a vida esportiva, mesmo sendo um programa de rádio, o mesmo possui um formato inovador, pois a produção tinha como meta capturar algumas imagens minha sem o terno e sem a gravata. Por esse motivo, no dia da prova tive a companhia de um dos integrantes da produção, confesso que fiquei meio sem graça, mas por um outro lado, assim como fui incentivado por amigos a começar a correr, caso a minha história conseguisse fazer com que ao menos uma pessoa passasse a cuidar da sua saúde pra mim a missão estará cumprida.
Site da rádio Estadão: http://int.territorioeldorado.limao.com.br/eldorado/audios!getAudios.action?idPrograma=183
Voltando a prova!!
Além dos amigos Fernando, Thiago, Edinho, partimos eu a Nãna e o produtor Nicholas, cedinho para cidade de Pirapora. O clima estava perfeito para correr, céu nublado, meio friozinho, enfim ingredientes perfeitos para a prática de corrida de montanha. Vale ressaltar que muitos corredores, tantos os mais experientes, quanto os mais novos, adoram fazer essa prova não somente pelas distâncias de 10K e 21K, como também pelo percurso que é dosado de boas subidas e descidas com vários perfis de trilhas, algumas bem técnicas.
descida do morro
Romeiros é uma prova onde você pode reencontrar grandes amigos e também dar de cara com muitos dos “canelas finas” (aqueles corredores que correm muito, normalmente com os calcanhares grudados nos glúteos rs) um dos motivos pode ser o fato de ser uma das poucas provas de montanha no Brasil que tem premiação em dinheiro.

Você percebe que uma prova tem tudo para dar certo, quando você repara os cuidados com os detalhes. 

Desta vez tudo caminhava para termos uma prova perfeita e alguns pontos positivos me levavam a pensar assim:

  • Tínhamos ali 02 dos melhores fotógrafos do Brasil – o Tião “a experiência e agilidade” e o Wladimir Togumi “Mestre dos Magos” da fotografia, profissional que aparece nos pontos mais inusitados durante o percurso e consegue captar a essência do que é uma prova de montanha.
  • A locutora oficial do evento é além de tudo fotografa e animadora, conhecida por “Fabi” ela trata a todos  com gentileza e delicadeza.
  • Tínhamos câmeras e até Drones para cobertura da prova.
  • Outro fator que serviu de grande incentivo foi que, ao contrário do último ano, a prova largaria exatamente no horário, o que para nós corredores habituados a pontualidade britânica, faz uma diferença enorme.
  • A direção separou os horários de largada entre por distâncias. 

Ouvimos as últimas orientações da direção da prova quando pontualmente as 8:30am a buzina tocou a cavalaria partiu. Logo de cara, enfrentamos a primeira subida de asfalto, a prova fez com que os corredores se distribuíssem em 3 blocos. Havia uma harmonia no primeiro pelotão digno de nota 10, formado por uns 10 canelas finas, a se destacar o Ernani, atleta patrocinado pela Kaylash e campeão do Cruce de Los Andes e o meu amigo Thiago “Mini Cooper”. Logo atrás, um segundo bloco havia sido montado de pelo menos mais uns 15 atletas, que era liderado pelo Fernando Assumpção. Esse pelotão tinha uma pegada forte, além de mim, as primeiras mulheres já se destacavam, tanto a Josefa atleta da 4any1 quanto a Cylene atleta Núcleo Aventura.
Tão logo o asfalto terminou bem como a primeira subidinha, o chão passou a ter o aspecto que nós corredores de montanha adoramos ou seja, esburacado, escorregadio e desnivelado. No km 4, começamos a enfrentar a primeira subida rumo ao Morro Voturuna, ladeira acima. Éramos naquele momento um grupo de 4 corredores, ao mesmo tempo que sentia o meu coração querer saltar pela boca, ouvia a respiração dos demais atletas que mais parecia um coral tamanho o sincronismo. Afim de alcançarmos o cume do Morro o quanto antes, fazíamos força, empurrávamos os nossos pés com força contra o chão, afim de extrair o máximo de impulsão possível. No final da primeira ascensão éramos eu, um outro corredor de nome Giovanne (alto, careca), um senhor que mais parecia uma “gazela “ de tão rápido que conseguia desenvolver a sua corrida.

Indo para quase metade da prova, alcancei o Paulo da Assessoria Paulo Santos e disse: Paulão olha só esse visual e veja como somos abençoados de poder correr num lugar tão belo quanto esse.

Ele concordou comigo, via em seus olhos que a emoção tomava conta dele. Também pudera, era a primeira vez que ele vivenciava aquele tipo de prova, sem a pegada do asfalto. Alem de fazer a sua primeira corrida de montanha, o Paulo Santos, trouxe seus alunos e também o seu pai o Sr. Mário que além de ser um atleta de ponta é um grande exemplo de disciplina e dedicação.
Toda a parte do alta do morro o Paulo correu junto comigo. Um pouco antes de começarmos a descer disse a ele: “Paulão agora é preciso cuidado, pois a descida é bem técnica” ele me agradeceu e eu comecei a “despinguelar” ladeira abaixo. Conseguia ver o Fernando no meio da descida e aos poucos fui me aproximando. Me divertia, ao mesmo tempo que estava completamente focado nas minhas passadas para que elas não me traíssem. No final da descida, tínhamos que fazer um bate e volta em mais um morrinho e dali dava para ver exatamente as diferenças entre os corredores.
No final da descida, me deparei com um staff que me orientou a seguir por uma trilha recém aberta. Tinha me lembrado das palavras da diretora da prova que no percurso dos 21km passar[íamos por um lugar com essas características mesmo assim fiquei na dúvida pois haviam corredores dos 10km perdidos naquela parte inclinada, escorregadia, além das crianças que estava fazendo a prova do trail kids. Cá entre nós achei aquilo um absurdo, pensei com os meus botões: como pode a organização colocar provas distintas e as crianças no mesmo percurso?
 

Fernando voando baixo para finalizar abaixo de 02 horas de prova
Fernando voando baixo para finalizar abaixo de 02 horas de prova

Tratei de focar na prova, e assim o últimos kms foram sendo finalizados, pude ver o pórtico e o que me veio foi um semblante de felicidade por ter feito uma prova limpa, sem dores onde eu pude me divertir muito

 Amarradao!!
Aos os organizadores fica a dica de cuidarem melhor dos seus clientes “corredores de montanha”. Erros básicos que precisam ser corrigidos e ajustes finos que são bem vindos por nós. Que gostaria de compartilhar:
1)      Sinalização por placas: tudo bem termos staff, mas as placas funcionam bem melhor;
2)      Premiação por categoria seria bem legal; isso incentivaria a participação de mais pessoas e não só dos profissionais vivem das corridas;
3)      Uma barraca com frutas na chegada seria elegante, além de demonstração de carinho para com atletas que não tem assessoria;
4)      Evitar de colocar num single track crianças junto com adultos.
É isso…ahh antes que eu me esqueça…
É isso… ah! antes que eu me esqueça: essa prova é linda e tenho certeza de que os organizadores, pois essa prova é linda e tenho certeza de que os organizadores irão corrigir os erros. Pois até a Nãna sentiu o peso da desorganização ao ser orientada a seguir por um caminho erroneamente por um fiscal, o preço disso? 3 kms a menos de prova, além de um possível pódio.
nana
Tive a experiência de carregar um G.P.S pela primeira vez e compartilho o  link com vocês. http://www.adventuremag.com.br/gpstrack/voltadosromeiros2015/ – Notem que eu não saí da trilha, mas infelizmente alguns atletas saíram do percurso talvez devido a dificuldade de sinalização.
Fechei a prova para 02 horas, 14 lugar no geral e muito feliz por ter dado tudo certo.
Abraços e bons treinos
Cição “pau no cat”
Instagram: cicao_paunocat

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