Travessia Toca do Lobo – Capim Amarelo – Pedra da Mina (2.724m) – Paiolinho

Publicado em 22 de fevereiro de 2015

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Oi pessoal, nem bem tinha terminado de apreciar a mais recente travessia que foi lá no Marins-Itagaré, lá fui eu para mais um desafio. Tratava-se da Travessia: Toca do Lobo – Capim Amarelo – Pedra da Mina (2.724m) – Paiolinho. Já estava meio que programado para uma turma grande de amigos ir, mas devido a inúmeros compromissos, muitos amigos acabaram não podendo comparecer. Os heróis da resistência acabaram sendo, o meu Coach Sinoca, Fernandinho “o meu anjo da guarda no ktr rs” e as mulheres, Nana e a Gi esposa do Fernando.
Elas decidiram que fariam um ataque ao Capim Amarelo e voltariam para a Toca do Lobo, enquanto nós faríamos a travessia. Pelo menos para mim, o negócio funciona mais ou menos assim, quanto menor o grupo, mais intenso é o ritmo. Vou tentar compartilhar com os amigos leitores deste post, as emoções que vivi durante essa nossa jornada.
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A minha experiência naquela região, vinha da prova que havia feito no KTR junto com o Mini Cooper ano passado onde percorremos o Capim Amarelo e o Tijuco Preto. A partir desta experiência já imaginava que o treino seria lindo, técnico e bem duro.

Ja prevendo que o dia seria intenso, com o pé no acelerador. Eu, Sinoca e Fernandinho!
Ja prevendo que o dia seria intenso, com o pé no acelerador. Eu, Sinoca e Fernandinho!

Saímos da Toca do Lobo rumo ao Capim Amarelo, tão logo atravessamos um rio com água em abundância, de cara encaramos uma subida íngreme de mata fechada. Fazia um dia belíssimo de céu azul e tão logo a mata densa ficou pra trás, conseguíamos avistar aquela belíssima cadeia de montanhas da Mantiqueira.

Inicio da Trilha - Lugarzinho mais ou menos!! rs
Inicio da Trilha – Lugarzinho mais ou menos!! rs

O Sinoca seguia a frente do grupo, a imagem de nós três correndo no alto daquela montanha me fazia pensar nas imagens que tinha do Mont Blanc, como as nossas montanhas são belas e imponentes. Aproveitamos para nos abastecer de agua no topo do capim amarelo e partimos montanha acima rumo a Pedra da Mina, a  4ª. Montanha mais alta do Brasil com 2.750m, confesso que aprendi muito com os meus parceiros a arte de subir bem, fazendo a leitura correta do terreno, prestando atenção em seus movimentos, onde colocar os pés, onde apoiar mãos e pernas no intuito de fazer com que o corpo flua melhor.

Olha que visual mais louco! Photo: Sinoca
Olha que visual mais louco! Photo: Sinoca

Depois de 4h:22m alcançamos o Pico, para variar deixei a minha emoção aflorar. Foi numa montanha correndo uma prova que joguei as cinzas do meu velho pai Seu Raimundo e ele se fazia presente naquele momento.

Ao pararmos para comer, vi algo inédito que até então não fazia ideia que existia, ali no topo da montanha havia uma maleta de metal e dentro dela havia alguns alimentos deixados por outros amantes da natureza e um caderno com anotações das pessoas que por ali já haviam passado. Achei o máximo aquilo e descarreguei um turbilhão de palavras registrando assim a nossa passagem por um dos lugares mais lindos deste País.

cruzamos mais um belíssimo lugar!
cruzamos mais um belíssimo lugar!

O tempo continuava aberto, belo e sem nuvens, o calor castigava, o cansaço começava a dar o ar da sua graça, a subida que fizera até ali, tinha castigado por demais as minhas pernas. Tinha a real noção que a última etapa seria mais difícil que a subida. A descida até o Paiolinho era formada basicamente por trilhas fechadas e pedras muitas pedras de todos os tipos e de todos os tamanhos. Ter um momento de tranquilidade na condução naquela descida era praticamente impossível, por um momento me lembrei do TDS e do seu alto nível técnico. O tempo inteiro, tinha de ficar concentrado para que não cair, pois um tombo que naquela altura do campeonato, acabaria me machucando com certeza.

Fim de mais uma subida!!
Fim de mais uma subida!!

O tempo foi passando e a infinita descida finalmente teve fim, tivemos tempo ainda de percorrer poucos quilômetros dentro de uma fazenda. O meu psicológico parou de funcionar tão logo o meu Coach falou, parabéns fim do nosso treino concluímos a travessia. Olhei pro relógio:  7h:04m, 22kms e 4.560 metros de descidas e subidas lá estavam os 3 guerreiros com os semblantes de missão cumprida, nos abraçamos e nos demos os parabéns!!!

E as mulheres? Sim! Elas terminaram em 3h:55m o ataque ao capim amarelo e terminaram felizes da vida também.
E a nossa recuperação foi assim, como todo apoio da Fazenda Quilombo.

Cachoeira com água gelada para recuperar!
Cachoeira com água gelada para recuperar!

 
É isso amigos!! Duas travessias em duas semanas!! Emoção a flor da pele!!
Bons treinos a todos e Pau no Cat!!!
Abs
Cição

 

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